Coisas.
- É verdade?
- O quê?
- Que estás com alguém?
- Sim. É.
- Quer dizer que aconteceu. Que te perdi.
- Não agora. Não me perdeste agora. Perdeste-me quando viraste costas e fugiste de algo que te assustava ao mesmo tempo que te puxava.
- Desculpa.
- Sabes o que me vai sempre espantar, de forma absolutamente negativa? Como é que alguém que tem a reciprocidade de um sentimento nas mãos, tem a ousadia de fugir e virar costas em vez de ficar e enfrentar.
- Desculpa.
- Não. Eu já te desculpei. Agora és tu que te tens de desculpar. É algo entre ti e para contigo mesma. Deixei de fazer parte desse trajecto. Resolvi-te. Eras algo a resolver e o processo está concluído.
*imagem retirada daqui
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Ai Eu,
Coisas e Afins,
Isto e Aquilo
Só
... seremos achados se quem nos recebe assim o caracterizar. Porque nós dizemos que somos isto e aquilo. É bom ter noção do que somos. É bom mas não é suficiente. Não nos podemos esquecer que em tudo há uma ponte a percorrer. O começo, o objectivo e o resultado. É isto que faz uma história. Só seremos grandes, se para além de termos consciência desse facto, os outros nos vejam assim. Só isto permitirá a que alguém especial fique na história. Porque nós morremos e levamos tudo o que vivemos. O que fica, é o que restou de nós nos outros. Ando a pensar muito na morte. Sempre pensei. Mas na dos outros. Ultimamente, penso na minha. No que irá ficar quando eu me for. Vou ousar dizer que já deixei marcas suficientes para que me relembrem. Para que sorriam quando sob a minha memória. Para que se revoltem porque em vez da memória, eu devia estar ali. A refilar. A rir. A fazer tudo em demasia. A dar abraços pequeninos. A ser intensa. Rebelde. E bloqueada. Com medos. Com fugas presentes. Estranhamente racional na emoção. E com uma capacidade de arrasar uma razão que por vezes se tem como óbvia. Depois da morte, serei vida nos outros. Por algum tempo. O tempo suficiente para aqui em vida, ser capaz de afirmar, que já valeu a pena. Apesar de tudo. Apesar de tudo.
(estou a tentar voltar à escrita. mas ainda tudo é arrancado a ferros. mas sim, confesso que sinto saudades de tudo o que era partilhado de rajada.)
(estou a tentar voltar à escrita. mas ainda tudo é arrancado a ferros. mas sim, confesso que sinto saudades de tudo o que era partilhado de rajada.)
*imagem retirada daqui
Uma receita antiga para a marmelada - MEC
"A marmelada anda muito esquecida. Mesmo sexualmente. Hoje em dia os casais curtem e enrolam-se e, quando querem falar da marmelada como gente grande chamam-lhe preliminares.
Preliminares. Como se seguissem os apuramentos, as eliminatórias e a taça. Por uma questão de coerência, mais valia chamar finalíssima ao sexo. Como quem diz: agora só para o ano é que volta a haver sexo. Os brasileiros não ajudam com pré-estimulação sexual. Pré-estimulação sexual, no sentido de estar antes da estimulação sexual, pode ser ler o Diário da República à chuva e cheio de tosse.
O futebol está nos preliminares porque a palavra inglesa foreplay, apesar de ser muito mais sexy do que preliminares também é sonsinha. Before play é antes da brincadeira, como se a marmelada não fosse já uma bela brincadeira.
Antes da brincadeira ou do jogo (ou da peça teatral), o que é que se faz? Corta-se a relva, armam-se as balizas, equipam-se os jogadores. Como se podem comparar estas tarefas monótonas com a marmelada?
É costume culpar os tradutores e elogiar o termo original mas, neste caso, o erro está no foreplay. A bem dizer, foreplay deveria referir-se ao equivalente humano de preparar um campo de futebol: ao tomar banho e vestir-se para sair à noite ou para ficar em casa, na expectativa de ter sorte sexual.
Nessa sorte sexual, cabe a marmelada. Toda, seja da grossa como da fina. Quem se põe giro e é recompensado com uma boa sessão de marmelada já não se pode queixar.
Os pontos são muito importantes na marmelada. Na marmelada que engorda, há muitos pontos: são o ponto-pérola, o ponto-estrada, o ponto-pau e o ponto-caramelo. Na marmelada que emagrece, há os equivalentes. Mesmo antes do primeiro beijo, há pontos deliciosos por conta própria.(...)"
Preliminares. Como se seguissem os apuramentos, as eliminatórias e a taça. Por uma questão de coerência, mais valia chamar finalíssima ao sexo. Como quem diz: agora só para o ano é que volta a haver sexo. Os brasileiros não ajudam com pré-estimulação sexual. Pré-estimulação sexual, no sentido de estar antes da estimulação sexual, pode ser ler o Diário da República à chuva e cheio de tosse.
O futebol está nos preliminares porque a palavra inglesa foreplay, apesar de ser muito mais sexy do que preliminares também é sonsinha. Before play é antes da brincadeira, como se a marmelada não fosse já uma bela brincadeira.
Antes da brincadeira ou do jogo (ou da peça teatral), o que é que se faz? Corta-se a relva, armam-se as balizas, equipam-se os jogadores. Como se podem comparar estas tarefas monótonas com a marmelada?
É costume culpar os tradutores e elogiar o termo original mas, neste caso, o erro está no foreplay. A bem dizer, foreplay deveria referir-se ao equivalente humano de preparar um campo de futebol: ao tomar banho e vestir-se para sair à noite ou para ficar em casa, na expectativa de ter sorte sexual.
Nessa sorte sexual, cabe a marmelada. Toda, seja da grossa como da fina. Quem se põe giro e é recompensado com uma boa sessão de marmelada já não se pode queixar.
Os pontos são muito importantes na marmelada. Na marmelada que engorda, há muitos pontos: são o ponto-pérola, o ponto-estrada, o ponto-pau e o ponto-caramelo. Na marmelada que emagrece, há os equivalentes. Mesmo antes do primeiro beijo, há pontos deliciosos por conta própria.(...)"
O texto completo aqui
Cada vez gosto mais de ti, meu querido MEC.
Meet Joe Black
Love is passion. Obsession. Someone you can't live without. Someone you fall head over heels for. Find someone you can love like crazy, and will love you the same way back. Listen to your heart. No sense in life without this. To make the journey without falling deeply in love, you haven't lived a life at all. You have to try, because if you haven't tried, then you haven't lived
*Imagem retirada daqui
O ponto da escrita.
Nunca mais escrevi. Não me apetece mas sei que me faz falta. Quando estou muito tempo sem escrever, torno-me mais poética nas frases e nas imagens que transmito. Não é que seja feio. É bonito. Um bonito esquisito, talvez. Nada que destoe da minha pessoa. E agora que estou a escrever, porque obriguei-me, não sei o que dizer. São tempos complicados. De perdas. Por um lado. E por outro, de ganhos. De desenvolvimento. De aproximação. De segurança. De reconhecer em alguém segurança. De me ver a ir. Porque não tenho medo. Porque não me assusto. Porque sinto-me protegida. E confio. Agora percebo como confio e em que medida. Sei que tenho evitado pensar em certos assuntos. Porque queimam-me de tal forma, que eu bloqueio. Eu sou boa a bloquear. às vezes, é mesmo inconsciente. Bloqueio o que me dói. É simples. E isso é o que me tem permitido estar em paz. Estar de bem comigo. E com os outros. Abraçar as oportunidades e dar pulinhos devagarinho. Redescobrir o quão bonito é (re)conhecer alguém, num caminho.
Ainda não é tempo de voltar à escrita. Retornar a esta solidão do que se escreve é deparar-me com o escuro e a desilusão. E não quero. Mais: não posso.
Mas voltarei, voltarei a tempo de não perder este vício.
Ainda não é tempo de voltar à escrita. Retornar a esta solidão do que se escreve é deparar-me com o escuro e a desilusão. E não quero. Mais: não posso.
Mas voltarei, voltarei a tempo de não perder este vício.
P.s. Eu preciso que tu estejas consciente das consequências do teu silêncio. Porque eu consigo fechar as portas. E tu como minha amiga, sabes disso. Portanto, se me queres excluir, exclui-me de uma vez por todas. Mas não continues neste joguinho infantil, porque eu já não tenho cinco anos e sinceramente não mereço o tipo de comportamento que tens tido. Tu és forte e és segura. Tens imensos problemas, muito bem. Então pára de tentar resolvê-los sozinha, e pede ajuda. Não são os outros que te esgotam, és tu que o fazes. E com isso só consegues duas coisas: agravar todos os problemas e afastar quem gosta de ti e quem te quer bem. Não sou boa a tolerar situações de injustiça, ainda mais, entre quem se gosta. Resolve-te. E começa pelos problemas mais antigos. Só assim, te poderás ver livre. (Este aparte é para a minha R., para que não restem dúvidas)
*imagem retirada daqui
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