Coisas.





- É verdade?
- O quê?
- Que estás com alguém?
- Sim. É.
- Quer dizer que aconteceu. Que te perdi.
- Não agora. Não me perdeste agora. Perdeste-me quando viraste costas e fugiste de algo que te assustava ao mesmo tempo que te puxava.
- Desculpa.
- Sabes o que me vai sempre espantar, de forma absolutamente negativa? Como é que alguém que tem a reciprocidade de um sentimento nas mãos, tem a ousadia de fugir e virar costas em vez de ficar e enfrentar.
- Desculpa.
- Não. Eu já te desculpei. Agora és tu que te tens de desculpar. É algo entre ti e para contigo mesma. Deixei de fazer parte desse trajecto. Resolvi-te. Eras algo a resolver e o processo está concluído.



*imagem retirada daqui

8 comentários:

  1. May,

    Obrigada.

    Este diálogo aconteceu há uns dias à saída do metro. Em silêncio que sou louca mas discreta :P

    Ontem estava a contá-lo à yeuxdefemme e apeteceu-me finalmente publicá-lo :D

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  2. Fizeste bem! gostei de o ler. Não há nada como um bom diálogo. E o que é bom é para ser partilhado! :)

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  3. A Yeuxdefemme diz que este diálogo é uma delícia. E sim, todas as pessoas merecem a oportunidade de se perdoarem a elas próprias. ;)

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  4. E já agora, May diz que tanto YeuxdeFemme como Scarlett escrevem muito bem e que a primeira devia voltar a fazê-lo. ;)

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  5. May,

    tens toda a razão!! Ela devia voltar!! :D

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