Não posso deixar de sorrir,



quando leio coisas que são exactamente aquilo que eu penso. 

Para gostarmos de alguém, é preciso coragem. É preciso força e empenho para cuidar e proteger. É preciso acreditarmos em nós próprios para conseguirmos voar e  termos a capacidade para melhorar o que podemos  entregar ao outro. A pessoa escolhida. Aquela pessoa.

E sim, para que exista uma entrega em pleno, temos de estar prontos para esse passo. Arriscar e saber fazê-lo. Erguer as mãos e saber receber o que está do outro lado.

Gostar de alguém é algo que vale por si só e têm em si uma beleza incomparável. Mas o que há de mais importante nessa forma de sermos nos outros, é a possibilidade de crescermos, de evoluirmos,  de nos abrirmos ao Mais, e de permitir que da outra parte aconteça idêntica segurança. E para isso, inevitavelmente, é preciso coragem.

(R. o hábito de me fazer ressurgir em diferentes argumentos e formas, é algo a que não consigo fugir. Mas eu estou a sorrir porque sinto-me mesmo a viver. Sei que me entendes. Finalmente tendo vindo a perceber que o que não pára, que o que nos agarra e nos envolve, é o que em nós ficará para sempre.)

* imagem retirada daqui

MEC em "Um segredo de um casamento feliz"



"Desde que a Maria João e eu fizemos dez anos de casados que estou para escrever sobre o casamento. Depois caí na asneira de ler uns livros profissionais sobre o casamento e percebi que eu não percebo nada sobre o casamento.

Confesso que a minha ambição era a mais louca de todas: revelar os segredos de um casamento feliz. Tendo descoberto que são desaconselháveis os conselhos que ia dar, sou forçado a avisar que, quase de certeza, só funcionam no nosso casamento.

Mas vou dá-los à mesma, porque nunca se sabe e porque todos nós somos muito mais parecidos do que gostamos de pensar.

O casamento feliz não é nem um contrato nem uma relação. Relações temos nós com toda a gente. É uma criação. É criado por duas pessoas que se amam.

O nosso casamento é um filho. É um filho inteiramente dependente de nós. Se nós nos separarmos, ele morre. Mas não deixa de ser uma terceira entidade.

Quando esse filho é amado por ambos os casados - que cuidam dele como se cuida de um filho que vai crescendo -, o casamento é feliz. Não basta que os casados se amem um ao outro. Têm também de amar o casamento que criaram.

O nosso casamento é uma cultura secreta de hábitos, métodos e sistemas de comunicação. Todos foram criados do zero, a partir do material do eu e do tu originais.

Foram concordados, são desenvolvidos, são revistos, são alterados, esquecidos e discutidos. Mas um casamento feliz com dez anos, tal como um filho de dez anos, tem uma personalidade mais rica e mais bem sustentada, expressa e divertida do que um bebé com um ano de idade.

Eu só vivo desta maneira - que é o nosso casamento - vivendo com a Maria João, da maneira como estamos um com o outro, casados. Nada é exportável. Não há bocados do nosso casamento que eu possa levar comigo, caso ele acabe.

- O texto completo está disponível aqui

É por estas e por outras que o MEC é das minhas paixões mais antigas.



*autoria da imagem é desconhecida mas não me pertence

Oh happy day


Dia 24 de Outubro de 2010. Um dia que podia ser dividido em muitas coisas. A primeira, foi o dia escolhido para comemorarmos o aniversário da Ritinha e fazermos-lhe uma surpresa. A ideia era um piquenique feito brunch num sítio bonito. A MJ escolheu o destino: Portinho da Arrábida. Só pedíamos bom tempo, nada de chuvas nem vento. As deusas acudiram-nos e tivemos um dia lindo cheio de calor. 

Ementa:

ovos mexidos com cogumelos frescos temperado com cebolinho
pãozinhos de leite e croissants;
bolo de chocolate caseiro;
brigadeiro, pastel de natal em miniatura;
sumos;
amoras e framboesas;
melão;
iogurtes;
chá;
e bolo japonês de chá verde.

As cestas existiam, bem como, a toalha aos quadrados vermelho e branco.

O destino e o que iríamos fazer era surpresa mas  logo ao sair de Lisboa saio-me com um "adoro o portinho da arrábida". Surpresa ficou menos surpresa.

Tudo bem. Não houve problema. A aniversariante ainda nos deu indicações de como lá chegar.

Continuando. A busca da praia perfeita que teria de ser deserta. Ora, não existem praias perfeitas desertas por caminhos normais, portanto, lá tivemos de passar por umas rochas que é uma coisa que eu adoro fazer. (not).

Chegar, pousar as coisas e é vê-las a tirarem a roupa toda e água. Sim, nudismo. Eu que nunca tinha feito e confesso-me com um certo pudor relativamente à prática, estive para ir de roupa interior. Mas depois pensei, what the hell, roupa para baixo e lá fui. Só posso dizer uma coisa: como é que eu só descobri agora que nadar nua e estar assim numa praia é das melhores coisas que pode existir?? Há, pois. Foi o dia certo para descobrir a liberdade que se sente. Fiquei fã. Para o ano quero mais!

Foi sem qualquer dúvida dos melhores dias que já tive. Foi maravilhoso. Estava a precisar de um dia de cortar a respiração por ter sido tão bom. Como que rejuvenescer. Ganhar novas forças. Sentir-me bem pela pessoa que sou e por quem me rodeia. Sentir que não ter expectativas é a melhor forma de ganharmos as coisas.


______________________________________________________________________________

Nota:

Estes tempos são de verdadeiro crescimento. Evolução.Transparência. Novos hábitos. Novas atitudes. Não sei para onde vou mas sei que vou para um destino melhor. 

Sentir-me bem não é apenas uma questão de atitude, é olhar para dentro e para fora e saber-me e sentir-me de consciência tranquila. É também aprender que por vezes temos de largar as coisas que mais gostamos. Porque o tempo nem sempre é o que dele queremos. E a vida, menos ainda. Insistir acaba por não levar a lado nenhum. Saber que fiz tudo, tranquiliza-me e sossega-me. Torna-me mais certa relativamente a tudo o que se têm vindo a passar. Logo se vê. Eu ainda sou daquelas pessoas que acredita, que o tiver de acontecer, acontecerá.

O importante é não esquecer uma coisa que li. Que dizia mais ou menos isto: quando merecemos e queremos o melhor/tudo, não podemos aceitar por menos do que isso. Eu já tive o menos e as metades. O desejo sempre foi o tudo. Não menos que isso.

Portanto, sim é preferível  ficar sozinha a não o ter.

Hoje estou mais do que bem. Obrigada meninas por serem tanto em mim.

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Para interromper o Amor - Mónica Marques




“Há pessoas que entram nas nossas vidas e não saem nunca mais. Há pessoas que ficam à porta. Há pessoas que entram e saem quando bem lhes apetece e, quase sempre, sem bater à porta. Eu adoro acasos tanto como odeio coisas que não posso controlar e por isso me deixam em estado de rebuçado, ponto de rebuçado – doce, doce. Quase uma puta egotista, igual a ti, em frente do Copacabana Palace. É medo.


As pessoas da minha vida são pessoas que vão e vêm. Entram sem bater à porta. Umas três ou quatro. São pessoas por quem quero ser uma pessoa melhor. São as pessoas que sabem que eu sou uma merda. Uma merda engraçada, em pequenas doses, mas uma merda muito capaz de lhes foder a cabeça até não perceberem que é isso mesmo que está a acontecer-lhes. São as pessoas que têm de me largar ao fim de um tempo. Porque dá muito trabalho gostar de mim. o acaso depois faz o resto."


*imagem retirada daqui

EU!

Hoje apercebi-me de uma coisa. Devemos guardar o que nos faz feliz. O que nos faz bem. O que nos faz sorrir. E nos enche de coisas boas. Acima de tudo, devemos ter consciência do que cada coisa nos traz. E aí temos de saber escolher. O que fica e do que é que nos devemos afastar. Se não fosse o maldito do meu coração, eu tinha tudo para ser feliz. Mas não, não estou feliz. Só consigo responder um pouco de fugida que estou bem. Porque vou estando. Porque vou tentando manter um mínimo de equilíbrio na minha vida. Agarro-me aos amigos e ao trabalho mais do que me agarro a mim própria. Porque neste último ano eu fui uma desilusão para comigo própria. Falhei em todos os meus princípios. Falhei de uma forma gravíssima. Chocante. Coloquei-me na mira da bala e deixei-me abater. 

Nem tudo aquilo em que acreditamos nos faz bem. Por vezes, essa fé só nos faz ficar demasiado tempo em alguma situação que nos magoa e dói. Não, não quero mais. Porra, eu quero ser feliz! A luta pela nossa felicidade começa em nós e eu esqueci-me disso. Esqueci-me de mim e coloquei-me em segundo lugar. Pois bem, não e não! 
Eu sou guerreira, eu vou em frente e luto, eu AJO!. Então, está na altura de eu parar de dizer que vou fazer isto e aquilo, e fazer mesmo (obrigada R.!!). Eu própria vou agir, por mim. Pela minha sanidade mental. Pelo que trago por dentro. Que é tanto, tanto! Mereço o melhor e vou consegui-lo, seja quando for! Há dois anos prometi não aceitar mais receber o menos, e voltei ao mesmo. Portanto, chega!!

Está na altura da luta por mim recomeçar! E como eu sei que vou ser capaz, sei mesmo!

Esta noite para além de muitos brindes à Ritinha vou brindar a mim! 
Ao meu renascimento!

happy birthday, minha Ritinha






Quando eu te conheci naquele aeroporto de Lisboa, achei-te tão bonita. Tinha passado o Verão a ouvir falar de ti. As vozes diziam que eras absolutamente fantástica. Diferente. Cabeça de ideias fixas. Nada que me assustasse. Revi-te no aniversário da MJ, lembro-me perfeitamente de te ter tirado uma foto que nunca mais apaguei. Ainda tinhas o cabelo rapado. Linda, linda! Lembro-me de um gesto, inocente, genuíno e até inconsciente. Pediste-me lume e aproximaste-te para acenderes o teu cigarro. Pegaste-me nas mãos para que a chama não se apagasse. Percebi que tu serias daquele tipo de pessoa que agarra as pessoas, que influencia, que marca mais inconsciente do que consciente. Gostei de ti. Ali mais do que da primeira vez que te vi.

Com a minha entrada no grupo que ali estaria completo, com a tua chegada e a da Joaninha, fui te conhecendo. Apelidei-te de "minha Ritinha". E ficaste assim. Mesmo com os ciúmes da MJ que dizia "ela é nossa Ritinha". Não. Para mim, és a minha Ritinha.

Do que mais gosto em ti, é a forma como chegas e me abraças mesmo quando eu demoro a abraçar-te. e dizes-me "um abraço a sério!" como que a reclamar pelos meus braços estendidos lateralmente ao meu corpo e sem te abraçarem. como se deve abraçar alguém. Puxas por mim, entendes? Puxas tanto por mim e pelo que trago cá dentro.

Aprecio as nossas tertúlias únicas, realizadas em qualquer lugar. A forma como somos parecidas e tão diferentes. A amizade que aconteceu e tem vindo a se tornar mais forte. A nosso romantismo controlado dentro das nossas cabeças. O vazio dos dias. A interpretação dos mesmos. A tua insegurança tão menina e tão adorável. Os teus raspanetes. E a nossa incapacidade para chorar. batemos as duas com os pés no chão. E sorrimos. Procuramos o extraordinário, a beleza das coisas. Procuramos as borboletas, a poesia dos momentos. o desafio e algo que nos faça sair de nós próprias e viver. viver fora da carapaça construída ao longo dos anos.

You're one of a kind. Mesmo com toda a birra quando não adormeces a horas. Mesmo quando sais à noite e queres sentar-te e bocejas. És tu e isso diz tudo.

Gosto muito de ti, minha Ritinha.

Vemos-nos logo à noite :D

Em noite de insónia a Scarlett faz destas




Scarlett Independente (SI): tens de tomar uma decisão!

Scarlett Autobiográfica (SA): Decisão?

SI: sim, se acreditas ou não no Amor.

SA: Não sei tomar uma decisão dessas. Posso dizer que acredito na ideia que tenho do Amor. Na forma como o meu sentir me faz desenhá-lo, erguê-lo e fazer dele uma casa. A minha casa.

SI: és sempre confusa e Idealista.

SA: É exactamente por ser assim que sinto os meus pés bem assentes no chão que piso.

SI: qual é a primeira coisa que falha na tua ideia do Amor?

SA: A expectativa.

SI: continua.

SA: Cada qual tem a sua ideia própria do que é ou do que deveria ser o Amor. as expectativas. as exigências. Nem sempre o que é para ti o amor, é para outra pessoa.

SI: há quem confunda a paixão com o amor.

SA: Sim, concordo. Eu nunca tive uma paixão ou um amor completo. tudo foi vivido aos pedaços. tudo condenado à partida. como se fosse um sentir amputado, porque faltava-lhe sempre alguma coisa muito importante e imprescindível.

SI: a descrença.

SA: Isso veio depois e mesmo assim relativamente cedo.

SI: tens 26 anos.

SA: E quantos anos de ideias fixas e de estradas cortadas ao meio?

SI: pois.

SA: O amor e a paixão ficam sempre aquém. não entram pela porta certa. ficam-se pela entrada principal ao invés de subirem até sótão. entregam-se à primeira falha. discussão. desilusão. um amor/paixão assim não existe. é apenas aparência.

SI: filosofias?

SA: não. vai dar tudo ao mesmo. gestos. tudo na vida precisa de ser demonstrado. primeiro sente-se. depois demonstra-se. é assim que se alimentam as coisas importantes. senão, é apenas uma ida à manicure ou cabeleireiro. as coisas perdem segurança e substância. não há nada que se segure sem uma prova. senão ficamos pela metade. sempre pela metade.

SI: alergia às palavras?

SA: As palavras podem ser o começo. nunca o meio.  nunca a felicidade. nunca o extâse. as palavras guardam-se como um bonito presente que nos entregue. mas esse presente não pode ser o mote, não pode ser o espelho exterior do que se passa no interior. já me disseram tanta coisa mas tanta coisa que no final de tudo apercebi-me que aquelas palavras não tinham qualquer valor, qualquer mérito porque no dia D não fizeram a diferença. quando as palavras entram em jogo com a ausência de gestos, a memória vai ficando esvaziada de sentido. e se tu olhas para trás e perguntas-te: o que é que isto me trouxe ou traz de bom se não existe nada a não ser uma face cravada no peito e  mil livros de palavras? Para se perdurar a paixão, o amor é preciso transforma-lo em gestos, é preciso ceder, compreender as coisas mais esquisitas no outro e mesmo assim gostar e querer ficar. mas repara, a única coisa que tem necessariamente de ser constante é o que se sente em gestos. o resto, é decoração.

SI: já te passaram as insónias?

SA: já.

Thinking.


Há cinco meses disseste que me levarias aqui.
Não levaste.

Fui lá eu anteontem. Jantei e bebi um copo de vinho.
Invejei a cidade.

Invejei todas as cadeiras onde te poderias ter sentado.

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O que mais me custa? 
O prosseguires a demanda da insegurança. 
E fingires de uma forma tão verdadeira que já nada sabes.
Talvez te seja mais fácil esse engano de mim.

Desde quando é que tens um olhar de tal forma baço que te impede de ver o mais importante?
Ou sempre tiveste e encantada que estava nunca me apercebi?

Mais do que cansada estou farta de percorrer os laços velhos da minha memória dos últimos tempos à procura de algo que me diga, o que é que afinal se passa contigo.

Revela-te. É tempo já.



A escrever é como me entendo melhor.



Prefiro escrever a falar. No entanto, gosto muito de conversar. mas existem certo tipo de coisas que prefiro escrever. Porque é mais rápido, menos partilhado, não existem argumentos contra a não ser os meus próprios, não sou interrompida e digo tudo o que quero dizer. por muito desorganizada que seja a minha escrita há sempre um fio. pode parecer que não à primeira vista. mas existe um fio que nos conduz. tal qual o fio do tampão. mas bem mais higiénico. (isto foi uma piada. riram-se? eu ri-me imenso, por acaso). também acho que sou muito mais verdadeira e sincera quando escrevo. escrever é ser eu própria. entendem? mas um ser eu própria mais limpo e mais puro.

quando quero dizer alguma coisa a alguém, escrevo. gosto de coisas que são ditas de rajada como se com medo que o mundo fosse acabar e não tivéssemos tempo de dizer tudo. por isso, escrevo como se estivesse numa maratona. e isso só poderia acontecer na escrita. lá fora, nunca participaria numa maratona. detesto correr. só se me levassem ao colo. faria jus ao meu sentir de diva. a espontaneidade em mim acontece muito assim. no escrever. é verdade. e isto vale claro para o bom e para o mau.

Isto tudo para lhe escrever a si. porque não tem sido fácil conversarmos. aliás, nada entre nós é fácil, a não ser a sintonia e a importância que ganhamos na vida uma da outra. escrevo-lhe porque não sei o que lhe dizer quando tento falar consigo. a última conversa terminou com um desconhecimento quanto à possibilidade de se recuperar o nosso espaço. veja que foi algo que nunca achei que iria ler/ouvir. há coisas que achamos que é para sempre. ingenuidade, pois bem.

Sei que a desiludi. Sei que provavelmente não esperava que eu o fizesse. Sei que sempre esperou grandes feitos da minha parte. Sei que acreditou que eu pudesse ser brilhante. Sei que me entendeu e apoiou quando tal não lhe era exigido. O que você conhece de mim ou conheceu, é imputado apenas a si. a essa capacidade tão sua e tão bonita de abrir portas fechadas há tanto tempo, sentar-se e fazer-me falar. Se calhar acha que eu sou uma farsa. Poderá estar confusa. Eu confundo. Sei o quanto você deu de si. Também sei que sabe o quanto que eu dei de mim. Perdemos-nos a meio do caminho. De tal forma que agora ao que parece já não nos reconhecemos. Lamento tudo isso. Lamento que creia que o nosso espaço é irrecuperável. Lamento que actualmente seja causa de desilusão para si e não de sorrisos como antes acontecia. Você sabe que eu lamento. Se eu poderia ter evitado? Duvido. Se foi ou se seria algo consciente? de todo que não.


não sei bem qual o intuito disto. uma forma de aceitar o fim? uma forma de perceber que tentamos e não conseguimos? uma forma de me despedir? Não sei, minha querida.


Gosto de si. Gosto muito de si. Lamento tudo o que de menos bom lhe causei a si e à sua vida mas não lamento tudo o que de fantástico partilhamos. e que foi tanto, sabe?

A sua fotografia, aquela que me ofereceu continua no mesmo local porque de alguma forma você nunca deixou de estar presente.


é o que acontece quando também eu recebo na minha vida alguém especial. é o seu caso, como sabe ou tem vindo a saber.


A Gui.


*imagem retirada daqui

Os tipos e os disparates que na verdade não o são assim tanto



eu tenho um tipo. de mulher. todos temos. eu acho. o que não quer dizer que apenas estejamos com aquele tipo de mulher. ora o nosso tipo de mulher provavelmente é o tipo de mulher com quem nunca estaremos. não que isto seja assim tão certo. mas pode ser uma justificação para o tipo. porque podemos ter aquele tipo no entanto também gostamos de outros. e depois existem aqueles que não nos atraem minimamente.

por exemplo, o meu tipo de mulher é uma mulher morena. alta. não demasiado magra. porque gosto  e tenho de agarrar. não pode ser gordinha (gorda, vá) porque isso já sou eu. e portanto, é algo que não combina. feminina. mas mesmo feminina. cabelo comprido ou pelos ombros. liso, de preferência. castanho escuro ou preto. depois se a isto se associar um sorriso de cortar a respiração. mas um sorriso curto. que não exponha muito. um ar sério que desconcerta. e uma pose discreta. pronto, com isto os olhos e a mente pára.

depois temos as excepções. por exemplo. hoje ao chegar ao escritório, reparei num táxi a parar e do qual sai uma mulher alta, cabelo claro, olhos azuis, magra, óculos escuros e no momento em que ela começa a andar eu paro. de repente. provavelmente chamei a atenção do porteiro do prédio. porque eu parei e fiquei a olhar. não lhe segui o rasto porque eu não sigo rastos. apenas imaginei aquela mulher nas minhas mãos. e quem ela poderia ser. sim mais quem ela poderia ser.  e se fosse quem eu queria que fosse. o incêndio.  porque também existem tipos que não eram o nosso e que por algum motivo de força maior passaram a ser. 

isto dos tipos é muito giro. é muito fácil descrever. mas depois na prática não é bem assim. eu não creio ser o tipo de ninguém. só duas das pessoas com quem eu tive eram  o meu tipo. a segunda era mesmo o meu tipo. a primeira era o preliminar do meu tipo. foram também as únicas mulheres a quem eu me rendi mal as vi. foi tiro e queda, como diz o outro. mas foi mesmo. as restantes, não eram o meu tipo mas passaram a ser o meu tipo de pessoa. pode se dizer assim? não me prenderam pelo físico, assim logo, directamente. foram-me prendendo por coisas mais simples. porque o físico é algo muito complexo. claro que não todas. existiram os episódios que não prenderam em nada mas simplesmente aconteceram como algo que tinha de acontecer naquele dia ou naquela fase. é algo a ver na terapia. se calhar devia começar a fazer uma lista. senão perco-me com tanta coisa pendente.

também tenho um tipo de gajo. não pode ter ar de menino. tem de ter ar de homem que chega e me agarra com toda a intensidade bla bla. numa mulher isso não me diz nada de especial. provavelmente porque é natural que em mim decorra esse agarrar com intensidade. não que seja o gajo da coisa. ou se calhar, muitas vezes sou. mas nas outras sou menina muito menina. mas é mais para a frente. sim, não é novidade que tenha uma personalidade marcadamente masculina. (falar disto na terapia).

estava a preparar-me para ir tomar café quando me lembrei disto do tipo. não sei muito bem como concluir. só sei que tinha de vir a correr escrever para não perder o momento digno de ser escrito. agora vou tomar o café e acordar para a puta da vida.

já voltei. do café e do cigarro. pensei no que tinha escrito. e depois lembrei-me que com o passar dos anos é cada vez mais dificil alguém prender-me a atenção dos olhos. assim logo à primeira vista. e é chato. porque eu preciso de beleza. só gosto de mulheres bonitas. sim, podem ser bonitas por isto e por aquilo. mas os meus olhos têm de ficar presos. preciso de senti-los a fugirem da minha cara. é isto e a inteligência. está bem, a cabeça toda fodida também. (eh lá que os palavrões já se fazem notar. começo a sentir-me eu de novo.) 
a beleza. a inteligência. e uma cabeça fodida. dão-me tesão como mais nada. (isto do tesão voltou ao meu vocabulário porque andei a ler o último livro da Mónica Marques. gostei. muito. depois vou postar as partes do livro que mais gostei)

pronto. era isto. 

*imagem retirada daqui

..




Existem dias em que não consigo dizer nada. Fazer nada. A angústia e a mágoa atingem-me de tal maneira que sinto e vejo de uma forma muito nítida a parede que existe entre mim e o mundo.

A cada dia que passa, a perda faz-se maior e mais pesada. Haverá o momento em que a única coisa que irá existir, será a capa rude do que se perdeu.


*imagem daqui e daqui

So...

*imagem daqui

Felicity in Turin - Paul Durcan



Encontrámo-nos no Valentino em Turim
e viajámos por toda a Itália de comboio
dormindo juntos.
Eu não falei em sexo.
Disse dormindo juntos.
Coisa de que a sexualidade é,
e não é, uma parte.
É esse dormir juntos
que é sagrado para mim.
Bocejarmos juntos.
Podes ter sexo com qualquer pessoa
mas com quem podes dormir?

Odeio-te
porque dormiste comigo
e me deixaste.


[Paul Durcan in Felicity in Turin]

*imagem daqui

BE STUPID



Smart may have the brains but stupid has the balls. Smart recognizes things for how they are, stupid sees things for how they could be. Smart may have the plans but stupid has the stories. Stupid isn't afraid to fail.

Lost.




As saudades e a ausência. Acho que nunca chego a saber lidar com estas duas situações. Não lido. Ou lido pouco. Atinge-me de tal forma que me transtorna. Corta-me o ar. Coloca-me em suspenso. Nunca livre, nunca sossegada. Simplesmente, aprendo que os dias vêm disfarçados de novos. Não é um respirar limpo. Nunca foi. A ausência de mão dada com as memórias do que foi e do que poderia ter sido. Sim, é algo que me irá sempre perseguir. Agora ou daqui a dez anos. Porque não lido. Assim, na verdade é como se nunca me separasse dos momentos vividos, uns que me fizeram mais completa, mais feliz e outros que entraram por mim a dentro como se para arrancar todas as raízes que recolho em mim. O sentimento de desnorteio. É actual, é presente e cola-se ao meu estado de espírito.

Não, isto não sou eu a elevar o que sinto ao exagero.

Isto sou eu simplesmente a declarar que a saudade é como todas as vezes que estou a caminhar até casa e tenho de parar uns segundos porque deixei de saber onde estou.

Florence And The Machine - Dog days are over



O verão acabou. Esta música lembra-me as noites no Salto Alto, as Meninas. Os sorrisos. O calor a queimar. Tudo. Gente. Muita gente. Apesar de tudo foi um grande Verão. Eu já fiz o luto do fim do Verão. Iniciei o Outono com uma mão cheia de decisões. Aos poucos estou a mudar. Quem está à minha volta sente mais do que eu própria. Eu sinto ainda aos bocadinhos. Sinto a revolução. Desta vez, não estou a revolucionar a vida de ninguém a não ser a minha. Sabe bem mas ainda sabe a pouco. É doloroso. Confuso. Ambíguo. A sensação de não saber o que fazer é presente. Vou caminhando. Já me acontece sorrir enquanto vou na rua. Já me consigo alienar do que sinto. Não totalmente. Tenho medo ainda de ir à raiz. Tento ainda não pensar em demasia. Estou a desfazer nós. Enquanto outros se tornam mais fortes.

É demasiado doloroso mas é necessário. E seja o que for, eu vou conseguir.

No entretanto, vou sorrir muito a ouvir a primeira música do meu verão, tentanto esquecer a segunda. Fuck (vá, um palavrão apenas. Estou a moderá-los. Tantos posts e só hoje é que disse fuck, fuck, fuck!)

Férias - O cinema III



Gostei. Um humor diferente. Também faz pensar. Sorri e ri. O único filme onde pipoquei.

Férias - A Gula III


Royale Café. Um dos meus sítios favoritos. Para um almoço tardio de Domingo ou um final de tarde descontraído, com um copo de vinho tinto e muitas revistas. Desta vez, foi o hamburguer gourmet (bommmmmmmm), a já habitual coca zero e um crepe de chocolate que não valeu o que foi pago por ele. Fora isso, não desilude e sabe sempre bem.


Chiado Hotel. Depois do Bairro Alto Hotel é o meu terraço favorito com vista divinal. Se bem que a do Chiado vale muito mais. Um café e um copo de vinho tinto num final de dia delicioso. Gosto, gosto muito.

Ahhhhh


Ao que parece só penso em mim. Não devo ter a sensibilidade para pensar que os outros também não estão bem. Pois, de facto deve ser isso mesmo.

Existem coisas com muita piada, pena é que não façam rir.

Férias - O cinema II




Ainda não pensei sobre o filme. Sei que gostei. Muito. Sei que me disse tanto. Sei que me fez pensar. Que me fez sorrir. Que me emocionou. Que me aqueceu por dentro. Que me deu vontade de continuar esta travessia. De mudar. De pensar mais, muito mais em mim. Quis fazer as malas e ir embora. Não o farei assim. O desconhecido ainda me assusta demasiado. Quem sabe um dia.


Estou a imaginar-me a comprar o dvd e a passar horas a vê-lo. Para melhor entender o que ele me transmitiu.


Um para repetir e guardar.

Férias - A Gula II


Santini. My first time. Doce de leite. Nham. A-D-O-R-E-I. Isto depois de horas a passear, a ver gente, a andar às compras. Baixa & Chiado, que saudades já vos tinha.



Para terminar, depois de ver o "Eat, pray, love", nada melhor que o Lucca com as suas fabulosas pizzas e o prazer que me dá colar-me ao vidro da cucina.

Férias - O cinema I


Outra coisas a fazer: todos os dias, cinema. Bem, dos cinco dias fui três vezes ao cinema. Não consegui mais. Ikea e muitas esplanadas meteram-se no meio (e ainda bem).

Gostei deste filme. Estou numa fase em que preciso de ver coisas bonitas impossíveis (ui, so drama queen) a acontecer no ecrã. Já que na vida real elas estão bem distantes. (as coisas bonitas longe, as coisas impossíveis muito perto).

Férias - A Gula I




Uma das minhas coisas favoritas: o brunch do Deli Deluxe. Simplesmente, adoro. É coisa que me deixa feliz. E é isso que eu procurei nestes dias poucos de férias.

P.s. A ideia era fotografar todas as delicías que comi mas a verdade é que esqueci-me quase sempre. Enfim, o raio da gula.

Feist - The Build Up



he spinning top made a sound
like a train across the valley,
fading, oh so quiet but constant til it passed,
over the ridge
into the distances
written on your ticket to remind you where to stop,
and when to get off.

Das coisas simples da vida


Finalmente, vou ter uns dias de descanso na companhia da minha mãe. Lembro-me que tinha guardado estes dias para ir com ela a Paris. Todos os anos iríamos a um sítio novo. Em Dezembro passado Londres, este ano Paris. Mas enquanto não alcançar a última etapa deste maldito estágio, ficarei dentro de portas. Para o ano, vingo-me e vou a Barcelona e a Paris. 

Portanto, os dias de descanso serão aproveitados para respirar Lisboa como há muito não o faço. Passear pelos miradouros, brunch no Deli Deluxe, jantar no Buenos Aires, um copo de vinho tinto no Hotel do Bairro Alto e no Royale ao cair do dia, muito cinema (muito mesmo, vou tentar ir todos os dias), e descanso para a alma.

Existem dias que vêm mesmo a calhar e são alimento para muito boa disposição.

*Imagem retirada daqui


Tem dias

Eu quero acreditar que sou optimista, vá na maioria dos meus dias. Mas tenho para mim que, quando mais queremos que as coisas corram bem, mais elas ficam à beira do precipício.

E só me apetece gritar blarghhhhhhhhhh e um grande fuck you life! Mas isso seria atrair energias negras (não chega já?) para a minha vida maravilhosa (vá universo trabalha!), e ninguém deseja isso (a não ser o mau olhado, claro), portanto, vou respirar fundo e acabar de tomar o meu pequeno almoço.


Até já.

 *imagem retirada daqui