angustiante não escrever. mais se torna, quando recordo os meus momentos de escrita. não o momento em que as ideias surgiam mas sim o impulso que fazia decidir-me pelo tactear dos dedos no teclado de um computador. esse momento em especifico, muitas vezes, premeditado com o maço de tabaco ao lado e um copo de vinho. Presentemente, nada mais é que uma memória. que incomoda. como uma voz que no meio da multidão se irrompe e em som sonante me questiona porque raio nunca mais cumpri esta rotina. é. ou melhor, era uma rotina daquelas sem dia marcado mas que eu sabia que não demoraria muito a voltar a acontecer.
não me posso obrigar. porque quando o faço corre mal. sai tudo torto e sai sem o meu nome. tenho me vindo a aperceber que tenho perdido a força da escrita. ela não sai igual. retenho isto quando me leio noutros blogues e tenho saudades. tenho muitas saudades. mas sei que não me posso obrigar. e o velho hábito da escrita voltará a casa quando assim tiver de ser. quando algo me chamar para tal. e aí, sem qualquer obrigação, surgirá. de forma natural e sem ser adulterada (adoro esta palavra). e saberei nesse dia que existem angústias que passam. que simplesmente passam quando acontece algo. quando um passo é dado. a palavra certa é dita ou ouvida. os olhos se abrem como nunca antes acontecera.
e isto transpõe-se para as desilusões, mágoas e medos. muitas vezes, começam a ficar resolvidas e a escolherem outra vida que não a nossa para habitarem, quando algo acontece com a força exacta e suficiente para nos fazer agir, e assim termos a coragem e o poder, para começar um trajecto de limpeza de habitantes não desejados mas já muito antigos e entranhados.
e aí nessa altura, possamos nós ter a ousadia de nos perdoarmos pelas vezes e vezes que usamos os nossos medos, mágoas e desilusões como bengalas para deixarmos de ser em nós, nos outros e no mundo.
tenho dito.
não me posso obrigar. porque quando o faço corre mal. sai tudo torto e sai sem o meu nome. tenho me vindo a aperceber que tenho perdido a força da escrita. ela não sai igual. retenho isto quando me leio noutros blogues e tenho saudades. tenho muitas saudades. mas sei que não me posso obrigar. e o velho hábito da escrita voltará a casa quando assim tiver de ser. quando algo me chamar para tal. e aí, sem qualquer obrigação, surgirá. de forma natural e sem ser adulterada (adoro esta palavra). e saberei nesse dia que existem angústias que passam. que simplesmente passam quando acontece algo. quando um passo é dado. a palavra certa é dita ou ouvida. os olhos se abrem como nunca antes acontecera.
e isto transpõe-se para as desilusões, mágoas e medos. muitas vezes, começam a ficar resolvidas e a escolherem outra vida que não a nossa para habitarem, quando algo acontece com a força exacta e suficiente para nos fazer agir, e assim termos a coragem e o poder, para começar um trajecto de limpeza de habitantes não desejados mas já muito antigos e entranhados.
e aí nessa altura, possamos nós ter a ousadia de nos perdoarmos pelas vezes e vezes que usamos os nossos medos, mágoas e desilusões como bengalas para deixarmos de ser em nós, nos outros e no mundo.
tenho dito.
*imagem retirada daqui
Retenho especialmente o último parágrafo deste post. É a escrita à tua imagem. Á imagem do que és capaz de fazer para te superares a ti própria. A ousadia é um dos teus nomes do meio :) Dá-lhe forma, e reinventa-te, mantendo o carácter que te define... o resto, há-de vir por acréscimo.
ResponderEliminarBeijos.
Obrigada, querida.
ResponderEliminarÉ bom sabê-lo.
Um beijo.
:D
Boa noite!
ResponderEliminarPorque em vez de esperar que tudo passe para escrever, não escreve para que tudo passe?
(dito por leitora que quer continuar a ler este blog) ;)
May,
ResponderEliminaro blogue continuará sempre porque eu gosto muito dele. Sirvo-me mais é das palavras de outrem mas o bom gosto será sempre o meu :D
Olhe que não saiu nada mal. Antes pelo contrário.
ResponderEliminarCat,
ResponderEliminarObrigada. Mesmo.