Os tipos e os disparates que na verdade não o são assim tanto



eu tenho um tipo. de mulher. todos temos. eu acho. o que não quer dizer que apenas estejamos com aquele tipo de mulher. ora o nosso tipo de mulher provavelmente é o tipo de mulher com quem nunca estaremos. não que isto seja assim tão certo. mas pode ser uma justificação para o tipo. porque podemos ter aquele tipo no entanto também gostamos de outros. e depois existem aqueles que não nos atraem minimamente.

por exemplo, o meu tipo de mulher é uma mulher morena. alta. não demasiado magra. porque gosto  e tenho de agarrar. não pode ser gordinha (gorda, vá) porque isso já sou eu. e portanto, é algo que não combina. feminina. mas mesmo feminina. cabelo comprido ou pelos ombros. liso, de preferência. castanho escuro ou preto. depois se a isto se associar um sorriso de cortar a respiração. mas um sorriso curto. que não exponha muito. um ar sério que desconcerta. e uma pose discreta. pronto, com isto os olhos e a mente pára.

depois temos as excepções. por exemplo. hoje ao chegar ao escritório, reparei num táxi a parar e do qual sai uma mulher alta, cabelo claro, olhos azuis, magra, óculos escuros e no momento em que ela começa a andar eu paro. de repente. provavelmente chamei a atenção do porteiro do prédio. porque eu parei e fiquei a olhar. não lhe segui o rasto porque eu não sigo rastos. apenas imaginei aquela mulher nas minhas mãos. e quem ela poderia ser. sim mais quem ela poderia ser.  e se fosse quem eu queria que fosse. o incêndio.  porque também existem tipos que não eram o nosso e que por algum motivo de força maior passaram a ser. 

isto dos tipos é muito giro. é muito fácil descrever. mas depois na prática não é bem assim. eu não creio ser o tipo de ninguém. só duas das pessoas com quem eu tive eram  o meu tipo. a segunda era mesmo o meu tipo. a primeira era o preliminar do meu tipo. foram também as únicas mulheres a quem eu me rendi mal as vi. foi tiro e queda, como diz o outro. mas foi mesmo. as restantes, não eram o meu tipo mas passaram a ser o meu tipo de pessoa. pode se dizer assim? não me prenderam pelo físico, assim logo, directamente. foram-me prendendo por coisas mais simples. porque o físico é algo muito complexo. claro que não todas. existiram os episódios que não prenderam em nada mas simplesmente aconteceram como algo que tinha de acontecer naquele dia ou naquela fase. é algo a ver na terapia. se calhar devia começar a fazer uma lista. senão perco-me com tanta coisa pendente.

também tenho um tipo de gajo. não pode ter ar de menino. tem de ter ar de homem que chega e me agarra com toda a intensidade bla bla. numa mulher isso não me diz nada de especial. provavelmente porque é natural que em mim decorra esse agarrar com intensidade. não que seja o gajo da coisa. ou se calhar, muitas vezes sou. mas nas outras sou menina muito menina. mas é mais para a frente. sim, não é novidade que tenha uma personalidade marcadamente masculina. (falar disto na terapia).

estava a preparar-me para ir tomar café quando me lembrei disto do tipo. não sei muito bem como concluir. só sei que tinha de vir a correr escrever para não perder o momento digno de ser escrito. agora vou tomar o café e acordar para a puta da vida.

já voltei. do café e do cigarro. pensei no que tinha escrito. e depois lembrei-me que com o passar dos anos é cada vez mais dificil alguém prender-me a atenção dos olhos. assim logo à primeira vista. e é chato. porque eu preciso de beleza. só gosto de mulheres bonitas. sim, podem ser bonitas por isto e por aquilo. mas os meus olhos têm de ficar presos. preciso de senti-los a fugirem da minha cara. é isto e a inteligência. está bem, a cabeça toda fodida também. (eh lá que os palavrões já se fazem notar. começo a sentir-me eu de novo.) 
a beleza. a inteligência. e uma cabeça fodida. dão-me tesão como mais nada. (isto do tesão voltou ao meu vocabulário porque andei a ler o último livro da Mónica Marques. gostei. muito. depois vou postar as partes do livro que mais gostei)

pronto. era isto. 

*imagem retirada daqui

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